Todos os devaneios publicados ou não neste blog são dedicados a qualquer pessoa que ja sentiu pelo menos 1 ( um ) dos sentimentos mais desprezíveis dos seres humanos, ódio, inveja, saudade, solidão, arrependimento, amor. Especialmente os Ansiosos, Lunáticos, Excêntricos, Maniacos, Depressivos, com desturbios de sono, escritores, Fumantes, Alcoolatras, Maconheiros, Bipolares, que tem medo de pessoas, quem tem medo de morrer sozinho, que tem medo de amar , que tem medo de sí mesmo.

Vejo cada uma dessas pessoas passando por mim todos os dias nas ruas, na minha casa, no meu convívio, no espelho.

Essas são suas histórias, mentiras, e devaneios. Algumas ruins de se ler, outras chocantes demais para serem esquecidas.

Os Monólogos da Existência servem justamente para isso, abrir os olhos de quem cansou de deixar cegar-se, alimentar a busca da verdade e quem sabe provar que a esperança não é a ultima que morre... A Realidade ainda está pra chegar.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Meu amor, Além, Partiu.

Meus punhos se serram de tanta raiva
Mas eu te perdôo,
POr mais doloroso que isso possa parecer.

Ninguem tem culpa da minha ida
Ninguem tem culpa da sua vontade
como ninguem tambem tem culpa de não perguntar
o que era bom ou ruim pra nós dois.

Como se você fosse se importar o que era ou não
ruim ou bom para os dois.


Mesmo que pensem, ou que tentem sentir
só a escrita é a saída do sufoco
é o suicídio feito,
ja que não tenho culhões para puxar o gatilho,
ou para pegar a navalha, e arrancar a própria artéria.

são pequenas doses de veneno
você lê e me chama de pessimista,
pode ate falar que não sei o que falo
mas todos ja nos sentimos assim não ?

experimente olhar a única coisa que nunca quis ver
na sua frente escancarada a única saída,
mas foi-se embora, como sempre.

Me deixe então meu cigarro, e um isqueiro.
Caso contrário estaria em baixo da terra
em vez de escrever um lixo qualquer
as 5:24 da manhã de sábado.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Júpiter e A Lua Cheia

O Tempo nunca deixa
nunca Esquece muito menos desperdiça
Nós desperdiçamos?
Deixamos ao acaso da solidão
ou da racionalidade demasiada?

O sangre negro do céu continua companheiro
Noites e noites e pensamentos repetidos
pensamentos insones; escolhas pesadas.
Amargo são os tons da insegurança
assim como as lembranças passadas
e a vontade de ir pra casa.

Quão insólito possível se faz presente
se passa e não se preocupar em me deixar
Nem um rastro, nem um nada
foi-se tudo além da poeira;

tambem o nosso tempo
Que enferrujou... com o tempo.

I

O verso é o alívio vicioso
é a desculpa da vida
Aquele que trás o sono e liberta
Por um momento é mais facil prosseguir
É o meu desabafo da maneira mais explícita
Para que entendam o por quê não consigo explicar.


III

Outro dia você apareceu
Parecia que começara a prever o futuro
Chegou do mesmo jeito que partiu
e do mesmo jeito apareceu denovo

No meu semblante tudo voltou
a nossa música, o cheiro... o sorriso
trouxe a chuva consigo como sempre fez
Me deixou quando o sol apareceu
como eu nunca quis.

Mesmo os meses não distanciam os pensamentos
mesmo o orgulho não alivia a insônia
Até a nossa gota que cai do céu
parece perdida e indiferente
Tudo indiferente quando não está perto.

De repente volta, solidifica
Até falei que estavamos mudados
e de fato mudamos
Mas não um com o outro
Tão diferentemente parecidos
Nos conhecemos melhor que ninguem

E novamente tudo regressou
a voz, o olhar o medo e a madrugada
Daria meu dom, talvez...
Apenas para saber se é possivel.

E quando tudo mais se for
sei que a lembrança restará
a noite nunca vem desacompanhada.

Muitas ja passaram
e quantas mais irão passar?

IV

Sabe...
Essa manhã eu acordei do lado dela
Dormia profundo então esperei
Não ha nada melhor que esperar
enquanto ela sonha...
Como se fosse tudo que precisava

Vai até a janela e acende um cigarro
Aprecia a já gasta paisagem
Chego e lhe abraço pelas costas

Levanto seus cabelos e beijo o pescoço
Passo as mãos em seus seios e aperto-a contra mim
"Eu posso não falar, mas acho que esse é o meu jeito
de dizer que eu te amo "

" Fica essa noite comigo ? "
Como se eu pudesse recusar
" Não vá embora agora sim ? "
Como se importasse minha casa
ou a vida, ou os amigos.

Me diz coisas que sempre quis ouvir
Você sempre esteve certa afinal
E permanentemente presente
mesmo que de forma diretamente indireta
em cada verso escrito dos meus pensamentos.

Ainda que sejam discussões
ou conversas longas
é no silêncio que eu vejo
o quanto nunca vou parar de pensar em você
o quanto cada trago te traz a tona
E que apesar de volátil,
o nosso elo é eterno.

" Parece até proposital não é? "
" O que ?" mas eu ja sei a resposta

Ela fala do céu, que não para de cair
Da sua pele inconfundivel
de suas ondulações leoninas
do quanto é linda quando não veste nada.

Sentamos e olhamos para as estrelas
Dá um trago e me olha, sorri e pergunta
" Quer algo para beber? "
Como sempre não aceito,
" Hoje eu só preciso de você "

Assim eu sinto que posso...
Parece ser possível envelhecer
Largaria tudo e nem pensaria,
Nem olharia para trás.

E quando adormece eu vou embora
Entro no carro e ligo o som
"Acho que nunca vou encontrar uma forma de te deixar"
E menos ainda uma forma perfeita de terminar esse poema.
Que como os outros, fala apenas sobre você.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Não sei Porque Não Consigo Sorrir Sempre.

Chega uma certa hora na vida de alguns
Momento que chega as vezes tarde
Outras vezes tão cedo...

Você olha ao redor e ainda é o seu quarto
Mas a casa parece de alguma forma estranha
indefinida...

Nem me lembro como começou
Um dia de repente tudo era assim
morno, cinza, triste, suportável
Tão suportavel que nunca havia se tornado doloroso.

Então acorda e se olha no espelho
reconhece o que vê e o que sente
mas antigamente o rosto era de alguma forma diferente
alegre, e não assim tão cheio de rugas e rancor.

Eu gostaria de mudar e sorrir quando acordo
queria dar bom dia com sinceridade de criança
aquela sinceridade que você não sente a tempos
aquele sorriso que todos a sua volta lhe cobram

No começo você sorri da boca pra fora,
não faz resplandecer sua íntima dor
" Ninguem tem nada a ver com isso "
Realmente ninguem nunca teve e nem deve ter

Começa a achar-se tão forte
" Se soubesse o que sinto calariam "
" Me explique então por que você ficou assim" ?
Mas mal conseguiria explicar a si mesmo
COnseguiria passar ao próximo?
Conseguiria viver com um fardo tamanho?

Sua tristeza aprofunda-se em quantidades
que as barreiras físicas fazem-se inutilizaveis
O que era face é penumbra,
o que era amor é lágrima
o que era vida é o cano de uma arma

Todos se afastaram,
um a um
não sobrou ninguem alem da solidão
Alem de sonhos inacabados e sua amargura
Maços rasgados e sangue na tosse

Bem que ela estava certa,
Se tivesse ouvido antes talvez teria outra escolha
Agora é tarde, você deve achar que ainda é cedo,
Mas você realmente não realizou grandes realizou?

Eis que Bate a porta mais fria do que imaginava
suave o suficiente para não doer
aliviante em tanto para se perceber

Já é escuro e insólito
mas nem tanto assim,
até começa a sentir-se melhor
É o efeito da lágrima que prega.
e Da terra que enterra.
Efeito das pílulas, e do álcool e da polvora...
Ao chão, em vão,
Existentes...
em vão.